Com retrospecto de aprovação célere de projetos espinhosos nos primeiros oito meses de mandato, Ricardo Nunes (MDB) definiu que os projetos urbanísticos serão a prioridade para 2022 na Câmara Municipal.
“O mercado está aquecido e a cidade está travada”, diz ao Painel. Além do Plano Diretor, Nunes destaca os projetos Arco Pinheiros, Jurubatuba, Vila Leopoldina e Central.
“Será um ano inteiramente dedicado a isso. Prioridade zero”, diz Milton Leite (DEM), presidente da Câmara.
Propostos pelo poder Executivo, os chamados PIUs (projetos de intervenções urbanas) ou operações urbanas são conjuntos de incentivos e de regras para melhor aproveitamento das áreas, de forma a estimular ocupação nas regiões.
Os planos exigem contrapartidas do mercado imobiliário, com potencial de arrecadação bilionária para obras de melhoria urbana.
Os antecessores de Nunes na prefeitura, João Doria e Bruno Covas, ambos do PSDB, tentaram, mas não conseguiram avançar nessa área diante de resistência de setores da sociedade civil e de vereadores.
Os dois tucanos não tiveram êxito, por exemplo, em levar adiante propostas de revisão da Lei de Uso e Ocupação de Solo que incluíam a possibilidade de prédios mais altos nos miolos dos bairros e flexibilização de algumas restrições a vagas de garagem, demandas do mercado imobiliário.